Remunerar os funcionários de acordo com o que têm direito a receber é fundamental para mantê-los motivados e para que continuem produzindo sempre com prazer.
Entretanto, apenas quem realmente possui um cargo na empresa e presta algum tipo de serviço deve receber, não é mesmo?
Neste artigo, vamos entender um pouco mais sobre o pró-labore, o “salário do sócio”.
Entendendo o conceito
Nas empresas médias ou de menor porte, há duas maneiras de os sócios retirarem o dinheiro que foi investido: por meio da divisão de lucros e por meio do pró-labore.
É importante destacar que essas duas maneiras não são sinônimas; tratam-se de rendas diferentes.
Pró-labore é uma palavra que deriva do latim, e seu significado nesta língua é “pelo trabalho”.
Então, trata-se do dinheiro recebido pelo sócio que executa alguma função dentro da empresa, tem algum cargo e “trabalha”, assim como todos os demais funcionários.
Por outro lado, também há aqueles sócios que apenas investem o dinheiro e não possuem nenhum cargo na empresa. Estes sócios não recebem a remuneração referente ao pró-labore, recebem apenas a porcentagem referente à divisão de lucros com os demais sócios.
A divisão de lucros, por outro lado, é todo o dinheiro que sobra depois que a empresa quita todas as dívidas e impostos. Normalmente, essa divisão é feita em um período maior, como em um semestre ou em um ano, e não mês a mês, como é feito com o salário dos funcionários e com o dinheiro referente ao pró-labore.
Assim sendo, essa verba não pode ser dividida antes da empresa ter todos os seus saldos quitados. Ou seja, se houver algum tipo de prejuízo, a divisão de lucros só será feita após todas as dívidas serem quitadas. Claro que há também aquelas empresas que estão em crescimento que optam por reinvestir os lucros no próprio negócio e distribuir os dividendos.
A importância do pró-labore
Dar a remuneração ao sócio que realmente tem um cargo na empresa é importante por diversos motivos, mas o fundamental é para não enganar a empresa.
Em primeiro lugar, o pró-labore incide no Imposto de Renda e, se o sócio está trabalhando, ele também se torna um custo para a empresa.
Dessa maneira, quando não é definido um pró-labore para os sócios que possuem algum cargo, a empresa acaba sendo enganada por uma falsa “falta de custos” nos projetos em que eles estão envolvidos. E, claro, vamos pela lógica: quem trabalha tem direito a receber uma remuneração.
Em muitas empresas, é comum que esses sócios retirem o dinheiro apenas “quando sobra”, pensando até mesmo em tentar fortalecer os lucros da empresa.
Entretanto, ignorar esses custos dos sócios que também são funcionários é pedir para o sistema financeiro da empresa ficar bagunçado.
Isso influencia principalmente na hora de serem definidos os valores dos produtos e/ou serviços. Se não se tem noção do preço da mão de obra, como saber quanto cobrar pelo que é oferecido?
Apesar de parecer óbvio, esse é um erro bastante comum e que os empreendedores podem e devem evitar.